Declaração da Proprietária:
Tempera sobre bambu tamanho 188×10 cm. Sem numeração comprado em antiquário. Sem nenhum documento de origem. Gostaria de saber a autenticidade da obra.
Assinatura da Autora:
Assinatura da Autora em outras obras:
Sobre a autora:
Ione Saldanha nasceu em Alegrete no estado do Rio Grande do Sul em 1919 e nos deixou em 2001 quando ainda residia no Rio de Janeiro, ainda na infância passou a se interessar por artes e, seu interesse se deu ao ver em uma revista a imagem de uma pintura de Matisse, nesse momento, ela decidiu que iria ser artista e passou a sonhar com a sua mudança para o Rio de Janeiro, capital das artes no Brasil, nesse período.
No início de sua carreira, Ione Saldanha pintou quadros com cenas cotidianas e retratos, onde revelou grande interesse pelas obras de Henry Matisse.
Ione Saldanha também produziu figurações de agrupamento de casas, casarios, definidos por retângulos de cor e, como nota o crítico Roberto Pontual, nesses trabalhos os jogos de verticalidade e horizontalidade assumem o papel de cerne estrutural e norma compositiva.
Ione Saldanha no fim da década de 1960 buscou novos suportes, abandonando a superfície bidimensional e expondo pinturas sobre ripas, bambus e bobinas. Leia mais sobre a autora…
Sobre o tema principal da obra:
A exposição de “Ione Saldanha: o tempo e a cor”, foi apresentada na Fundação Iberê Camargo apresentando ao grande público a obra dessa artista, que, teve sua formação
marcada pela sensibilidade cromática de Alfredo Volpi e pela desconstrução figurativa de Maria Helena Vieira da Silva.
Elaborada como uma retrospectiva, a exposição contemplou desde as figuras e fachadas pintadas nos anos 1940 e 1950 até o período em que a cor se torna elemento central de sua poética, a partir do final dos anos 1960.
O recorte inclui ainda as aproximações com o construtivismo que marcaram a produção da artista durante a década de 1970.
A seleção de obras proposta pelo curador Luiz Camillo Osorio tem ênfase no período de maturidade poética de Ione (1960-1980), porém ao longo da exposição destacou-se o desenvolvimento do trabalho da artista, mostrando sua fase formativa, ainda nos anos 1940, e a longa maturação de sua sensibilidade para a cor.
Ao combinar desenhos, estudos, pinturas e experimentação nos mais variados suportes – ripas, bambus, bobinas e empilhados, a mostra apresentou um recorte panorâmico da trajetória da artista, colaborando com a merecida introdução de Ione na história da arte brasileira recente.
A Fundação Iberê Camargo agradeceu ao curador Luiz Camillo Osorio, a família de Ione Saldanha e às equipes envolvidas na produção e execução da exposição. Assim como aos patrocinadores e a todos os colaboradores que ajudaram na construção deste projeto que resgatou parte importante da história da arte nacional.
Confira o catálogo completo produzido por ocasião da exposição na Fundação Iberê Camargo clicando aqui.
Origem
A obra da Série O Tempo e a Cor, se trata de uma escultura natural com tempera artística aplicada por Ione Saldanha, tornando a escultura única no mundo, popularmente conhecida como Bambu é a planta da subfamília Bambusoideae, uma da família das gramíneas.
As espécies variam muito e novas variedades são acrescentadas a cada ano, mas calcula-se que existam cerca de 1 250 tipos da mesma espécie no mundo, espalhadas entre 90 gêneros, presentes de forma nativa em todos os continentes menos na Europa.
O bambu possui caules lenhificados utilizados na fabricação de diversos objetos como instrumentos musicais, móveis, cestos e até na construção civil, onde é utilizado em construções de edifícios à prova de terremotos.
Uma matéria vegetal assim como o algodão ou o linho, o bambu tem em seu favor alguns trunfos suplementares. A sua fibra, extraída de uma pasta celulósica, se caracteriza pela sua característica homogênea e pesada que não amassa e, seu aspecto suave e reluzente, parecidos com os da seda. Sobretudo, possui virtudes respiratórias, antibacterianas.
Fontes/Referências
Encontre mais fontes e referências no perfil da artista Ione Saldanha, clicando aqui.
Ficha positiva:
Dificilmente se encontra obras de artes semelhante às de Ione Saldanha e, mesmo que algum artista se arrisque no seguimento, ainda assim ela será referência no pioneirismo diante de suas características.
O site Brazil Journal em uma matéria sobre Onde investir R$ 1 milhão em arte?, chegou a apontar uma das obras da Série Bambus, s.d com valor estimado de R$ 150.000,00 junto à galeria Almeida & Dale, destacando a artista Ione Saldanha como uma importante artista brasileira.
Sua produção em objetos é mais frequente após os anos 1960, quando passou a trabalhar com pinturas sobre ripas, bambus e bobinas.
Nesta série, alguns dos críticos e historiadores associam o uso de objetos como desejo de manifestação das raízes populares brasileiras, com inspiração semelhante à do pintor Alfredo Volpi.” Confira a matéria e todas as recomendações de investimentos clicando aqui.
Segundo o processo de curadoria do PRONEC, estima-se que caso esta obra fosse considerada original a mesma obra poderia iniciar em um leilão com valor estimado de R$45.000,00, podendo atingir lances estimados de até três ou quatro vezes o mesmo valor, estando avaliada entre R$135.000,00 à R$180.000,00.
Ficha Negativa:
Quando avaliadas as interpretações populares em sua diversidade diante da arte urbana, algumas pessoas poderiam ignorar tais obras presentes no canto de sua sala, alguns poderiam até subjugá-las a viverem em um porão, porém alguns curadores discutem o padrão de arte como algo inovador e, que faz parte das raízes da história brasileira, agregando valores únicos de curadoria em uma escultura natural, atraindo um público diversificado e disposto a levar a curiosidade e a interpretação de artes já consagradas no mercado internacional de obras de artes.
Somente bons investidores, podem reconhecer o que seria, ter parte de uma figura pioneira sem o devido reconhecimento na história da arte brasileira do século 20 diante de uma peça de “a cidade inventada” por Ione Saldanha.
CAP – CERTIFICADO DE AUTENTICIDADE PRONEC: